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Devaneios de Miss L

29
Jun21

SONHOS TRAÇADOS || CONTO COMPLETO


Miss L

Olá Nossos Devanienses!

 

Sonhos traçados (1).png

Capítulo 1

Estávamos no início do Verão e eu e a minha Melhor Amiga Camila combinámos passar 15 dias juntas numa casa arranjada pelo Pai dela. No meio de nenhures, claro. A Camila é uma querida, uma profissional maravilhosa, mas tem um gosto muito peculiar que não sai dela, adora aldeias. Embora tenha nascido na cidade. Ninguém é perfeito. Eu sou citadina dos pés à cabeça. Gosto da confusão e de ter tudo à mão. Porém, nesses 15 dias, o importante era esta com a minha Ca, visto que já não estávamos juntas há quase 1 ano. 

Além disso, havia uns temos que não tinha ideias para o meu trabalho e, talvez isto me ajude. Eu já estava há um mês a preparar tudo, pois sei que me vai faltar tudo, mas Camila deixou tudo para a última da hora. Ela não tinha imenda, mas como se dizia, o importante é ter saúde.

Claro que teve de ser a Camila a conduzir, pois eu mesmo tendo a carta de condução, tenho medo de conduzir. Eu bem referi anteriormente que ninguém é perfeito. Dividímos o combustível e lá fomos nós. 

Falamos de tudo e de nada. Comunicarmos por telemóvel não é a mesma coisa. Se não fosse pela Ca, já estaria arrependida desta viagem. Quando chegámos lá, não existia mesmo nada à volta. Nada. Nem um mini-mercado. A casa mais próxima era a 10 quilómetros e o mercadinho da aldeia muito mais longe, 15 quilómetros. Sim, longos 15 quilómetros. A Ca riu-se e afirmou que ainda bem que eu tinha trazido tanta comida. Eu rodei os olhos sem resposta.

Levámos tudo para dentro e mal coloquei os pés dentro daquele local, arrepiei-me e fiquei enjoada. A Camila gracejou e desvalorizou, afirmando que só precisava duma limpeza profunda. Ainda afirmou que talvez vendesse o apartamento que lhe arranjei e comprasse aquela casa, pois é exactamente aquilo que prefere. 

-Tu gostas mesmo de me irritar, Ca. - suspirei.

-Carlota, diverte-te e aproveita a natureza.

Demorámos umas seis horas a arrumar e limpar tudo. Ficamos na parte superior. Cada uma na sua suite. A Ca afirmou que nem tudo era mau nas aldeias. Uma das portas estavam fechada, pois segundo o Pai da Ca, era onde o dono tinha as suas coisas. 

Fomos para o andar de baixo, pois estávamos com muita fome. Acendi uma das minhas velas para alíviar o ambiente. A Camila decidiu que não iria comer carne, nem peixe nos próximos 15 dias. Ela faria, simplesmente, para desentoxicar o organismo. Eu sou ovo-vegetariana há 1 ano, após 4 anos como pescetariana. 

Jantámos uma salada de ovo. Depois fomos para sala ver um filme (de terror, claro, o nosso género favorito).

Fui buscar o meu computador portátil e a internet móvel (Sim, eu pedi uma só para o meu computador para conseguir trabalhar). Acabei por adormecer a meio e acordei no final. Era muito chato. Apaguei a vela. Estava mais do que na hora de irmos descansar.

 

*

 

Às 9 horas e 33 minutos, arranjei-me ( mas voltei a vestir o pijama) e comi os meus cereais. Levei o portátil, a internet e a vela para a minha querida suite. Respirei fundo e tentei escrever o artigo do dia seguinte. Sim, do dia seguinte, estou mesmo sem ideias. Contei como correu a viagem e admiti que não estava a gostar muito, tirei umas fotografias para manter a rede social activa. Vida de Blogger que tem contas para pagar. 

Agendei para o dia seguinte, à uma da manhã como de costume. A Camila ainda estava a dormir, por isso, fui beber um chá. Tirei uma fotografia com o chá e coloquei uma boa legenda. 

Fui espreitar a Ca, pois já eram quase 15 horas. Ao lado do quarto dela estava o quarto fechado. Ouvi como se tivessem a bater por dentro, mas ignorei, pois pensei que algo tivesse caído ou assim ( Não iria verificar, nem que me pagassem). A Ca ainda dormia. Suspirei. Decidi, então, beber outro chá, e ler um livro que tinha trazido e que já ia a meio. O meu primeiro livro de Camilo Castelo Branco, "O que fazem mulheres". Estava a tentar ler mais livros de Autores nacionais (para ter conteúdo, claro). Sentei-me no sofá do andar debaixo, com o chá, o livro, uma caneta (Adoro sublinhar e escrever a caneta) e o smartphone para usar como dicionário (grata pelos dados móveis). Era uma leitura diferente, visto que era de 1858. Esta era a data da primeira publicação. Dai haver palavras como objurgatória, que significa censura. 

Ouvi uns passos no andar de cima, mas devia ter sido impressão minha, pois a Camila não desceu. Ignorei. Continuei a ler até às 16 e 23 minutos. Subi para acordar a Camila, já chegava de se armar em preguiçosa. Olhei de relance para a porta fechada e estava aberta, mas quando virei para a mesma, estava trancada como sempre. Foi impressão minha.

Abri as persianas e disse que estava com muita fome. Ri-me sonoramente de forma divertida.

-Mas tu disseste que ias trazer, pois estavas quase acabar. - afirmou sonolenta. - Mas demoraste tanto que adormeci de novo.

-Sim, sim. Andas a sonhar demasiado. 

Descemos e na cozinha, tinha arroz, salada e hamburgueres de grão de bico. A Camila riu-se e declarou que eu tinha muita piada. Decídimos comer antes que arrefecesse. A Camila dizia que a minha comida estava muito boa. Não sei como, mas a Camila cozinhou enquanto eu estava a ler e estava a fazer-se de engraçadinha. 

Comemos deliciada. Porém, a cada garfada, ficava cada vez mais arrepiada e com uma sensação estranha. A meio da refeição, a Camila começou a vomitar bastante. Assustei-me e comecei a ajuda-la. Encaminhei-a para o seu quarto. Desci, fiz-lhe um chá para a ajudar a adormecer. Deixei-a sozinha e fui limpar o vómito dela. Acabei de arrumar a cozinha.

 

Capítulo 2

Passei o resto da noite a beber chá. Estava com um incomodo, uma má disposição ligeira. Nem deu vontade ler e fui descansar. Mais uma vez, pareceu que tinham batido na porta trancada do lado de dentro. Ignorei, pois deveria ter caído algo e nada mais. Estava mesmo ensonada. A noite foi agitada. Acordei toda suada. Sonhei que estava presa naquele quarto trancado. Este, pelo contrário, não era suíte. Não havia luz, nem janelas (pelo menos, visíveis). A porta não abria. Eu estava cada vez mais a entrar em pânico. Eu batia na porta e ninguém fazia nada. Ouvia-me e a Camila a conversar alegremente (foi ai que percebi que estava no tal quarto). Senti a minha tensão a cair. E depois acordei.

Tomei um SOS ( medicamento que ajuda a controlar a ansiedade nos períodos mais críticos). Tirei a roupa da cama para lavar. Peguei na vela e acendi na casa-de-banho. Tomei um duche para limpar a minha mente daquele sonho mau. Porém, acompanhou-me o dia todo.

Desci ( de pijama, claro) e fui comer alguma coisa leve. Subi para trabalhar num novo artigo. Pensei se deveria escrever sobre a "surpresa" estranha dos hamburgueres cozinhados pela Camila. Decidi partilhar o meu pesadelo. Tinha o objectivo de livrar-me dele. Fui preparar um chá, assim que acabei. Fiz duas chávenas para dar uma à Camila. Como ela ainda estava a dormir ( a sério?!), deixei em cima da mesa-de-cabeceira dela. Não servirá de nada se arrefecer demasiado.

Voltei para o quarto e li mais uns capítulos de Camilo Castelo Branco. Comecei a ler "Cinco páginas que é melhor não lerem". Camilo Castelo Branco começou por afirmar que "este capítulo mira a alvo transcedental.". Bebi o chá com uma sensação mista, não sabia se estava a gostar ou não, mas já estava na página 141. Além disso, estavam ali quase 2 semanas da minha vida. Até ao final, poderia ter algum feedback sobre o Escritor. Além disso, eu tinha do acabar para escrever um artigo sobre. Sempre precisei de conteúdo para o meu trabalho.

Fui buscar uma garrafa de vidro com chá. Fiz uma sandes de ovo com tomate, alface, tofu e oregãos. Uma grande baguete para escrever a verdade. Lembrei-me de fazer outra para Camila e embrulhei-a. Ela ainda dormia e deixei ao lado do chá. Porém, quando ia a sair, senti um arrepio e decidi acorda-la. Eram quase seis horas da tarde. 

De repente, ambas olhámos para a parede. A parede que tinha do outro lado o quarto trancado. Eu poderia jurar que tinha ouvido passos. 

-Eu ouvi passos, Ca. O teu Pai só falou isso daquele quarto? - questionei, a medo.

-Eu também acho que ouvi, mas deve ser imaginação nossa. - desvalorizou.

-Certo... - respondi, pouco segura. - Bom, estás melhor?

-Sim, claro, Carlota. 

Ela pegou na sandes e no chá, agradecendo. Também comecei a comer. 

-Lembras-te daquilo que eu disse quando o teu Pai arranjou este local? Eu nunca pagaria para ficar aldeia, mas não te vou deixar ficar com as despesas todas.

-As aldeias também têm coisas boas.

-Pois, pois. Esta noite, tive mais certezas do que disse. Tive um pesadelo horrível. Estávamos muito melhores na cidade. - fiz-lhe uma careta.

Ela quis saber que sonho mau foi esse. Eu contei. Ela afirmou que eu estava a exagerar. Estava só a desentoxicar-me da cidade, talvez. A mudança estava a assustar-me ou assim. Para não dar importância. Talvez seja o melhor.

Tirámos umas fotografias com as nossas sandes maravilhosas. Coloquei na rede social. Estar com a rede social e o Blog actualizados são muito importante para o meu trabalho. (Sim, eu não vivo do ar. É a realidade.).

Fui buscar o meu computador, a vela e internet. Desta vez, fui eu quem escolheu o filme (com o objectivo de escrever sobre). Era banal, mas não era mau. Referia que era baseado em factos. Porém, podia ser só publicidade. Era sobre um assassino que oferecia um gatinho de peluche, feito por ele, às vítimas que escolhia e depois matava-as. Todas as vítimas tinham olhos castanhos aveludados como os da Camila. Brinquei com ela por causa desse pormenor. Mesmo sem corpos, os funerais foram realizados, pois eram devolvidas partes do corpo, de forma misteriosa. A única prova de que estavam mortas. Por vezes, o coração, uma mão, um dedo, o cérebro. E os tumulos, também de forma não explicável, tinham sempre o gatinho de peluche. Por mais que algumas Famílias deitassem fora, ele voltava. Uma e outra vez. 

Quando o filme acabou, estávamos animadas. Porém, eu não conseguia ver mais nenhum filme. Estava a ficar demasiado idosa. Vimos uns vídeos engraçados de gatos para matar o tempo e fomos dormir. 

Tive o mesmo pesadelo esta noite. Porém, quando senti a tensão descer ( normalmente está a 9-6), alguém me tentou sufocar pelas costas. Acordei toda suada e assustada. Comecei a chorar de medo. Tomei o SOS a tremer. Fiquei com vontade de vomitar. Respirei fundo até passar a sensação. 

Tinha a cabeça tão pesada que resolvi dormir de novo. Comigo resultava. Acordei perto do meio-dia. Um pouco zonza, mas melhor. Preparei um chá, um litro e meio, mais precisamente, para acompnhar-me no meu trabalho.

Escrevi sobre o filme do dia anterior e arrepiei-me. Quando acabei o artigo, voltei a ler. Tinha mesmo de acabar aquele livro. Já eram quase 7 e meia quando pousei o livro e nem sinais da Camila. Fui acorda-la. Ela despertou sem animo e com uma olheiras enormes.

-Ca, vieste para aqui para dormir?

-Nem é assim tão tarde, Carlota. - rematou ela.

-Claro que não. São só 7 e meia da noite.

Ouvimos uma batida do outro lado da parede, no quarto trancado. Achamos que era algum problema na parede, por ser antigo. Não entendíamos muito de construção para dar importância ( na verdade, nada entendíamos). 

Contei-lhe que tive de novo o pesadelo e novo acontecimento. Ela desvalorizou de novo. Não passou dum pesadelo. São coisas normais. Não querem dizer nada. 

Questionei se ela queria comer algo, pois iria buscar mais chá para mim. Ela olhou para mim com um ar confuso.

-Mas tu disseste que ias fazer umas belas pipocas para vermos outro filme. Querias trabalhar noutro filme ou lá o que disseste.

-Pois, Ca... Queres pipocas é isso? Eu trouxe umas de microondas.

-Exacto, disseste que tinhas trazido.

Foi a minha vez de desvalorizar. Na cozinha já estavam as pipocas prontas. Revirei os olhos. Ela já estava a brincar demasiado. Sendo assim, só faltava o meu chá. Não tinha nenhum filme de terror no site que não tinhamos visto, por isso mesmo, escolhemos um documentário. Era sobre casas isoladas no meio do nada que escondiam segredos sinistros. Assassinados e torturas, por exemplo. Até rituais satánicos. Tudo era "permitido", pois ninguém iria desconfiar. Quem iria investigar seja o que for naquela zona? Era o sítio "ideal" para esse tipo de coisas. 

No final, já era tarde e ambas decidimos ir dormir. Quando saí do quarto dela, arrepiei-me imenso. Não deveria ser impressão minha, eu não estava mesmo a sentir-me bem naquele sítio. Estava com medo, mas naquela altura, eu não tinha a certeza. 

Tive o mesmo pesadelo. Só que em vez de me sofucarem pelas costas, cortavam-me o pescoço. Acordei toda suada e a tremer. Tomei o meu SOS. Fui tomar banho com a minha vela que estava quase a acabar. 

No final, decidi, vestir uma blusa branca e umas calças de ganga. Coloquei os meus brincos. Fui buscar o meu chá e fiz uma sandes de hamburguer de grão-de-bico, tomate, alface e cogumelos. Escrevi o artigo no meu quarto. 

 

Capítulo 3

Nem sombras da Camila. Quanto mais tempo passámos aqui no meio do nada, mais ela dormia e tinha olheiras cada vez mais profundas. Acordava com um ar cada vez mais cansado e passou tão pouco tempo. E só comia quando eu lhe incentivava. Tudo aqui estava cada vez mais estranho. 

Desci, preparei um sumo de limão, gengibre e hortelã sem açúcar e uma sandes para a Camila. Estava mesmo calor naquela aldeiazinha. "Claro que estavámos melhor numa cidade.", pensei enquanto bebia a minha bebida e subia as escadas. 

Quando toquei na maçaneta da porta da Camila, o meu corpo arrepiou-se todo. O quarto estava um breu. Fui abri a janela, de forma lenta, para não incomoda-la. 

Quando olhei para a cama dela, esta estava feita e nem sinais da Camila. Apenas um risada do quarto trancado. Estava tudo cada vez estranho. Fui para o meu quarto com o objectivo de lhe ligar. O telemóvel estava desligado. Tentei ligar de novo, pois poderia estar sem rede. Nada. Procurei nos cômodos todos, em desespero. A Camila poderia ter todos os defeitos, mas esta situação não era típica dela. 

Liguei de imediato para a Polícia. Aquela situação não tinha nada de normal. Não sabia se deveria ligar ao Pai dela ou esperar as ordem do Polícia que vinha a caminho. Estava a tremer. Sentei-me nas escadas e tentei orientar a minha mente. Fiz uns exercícios de respiração. Subi para o meu quarto e tomei o meu segundo SOS do dia. Bebi o resto da bebida que preparei. Estava muito aflita. Não entrei mais no quarto da Camila, pois tive receio que a minha ignorância sobre o assunto eliminasse alguma prova importante. Não sei. 

Senti-me tão impotente que comecei a chorar. Não sabia o que haveria de fazer para ajudar a minha Melhor Amiga. Só me apetecia abraça-la. Esperava mesmo que ela estivesse bem, que estivesse aqui comigo. Que isto fosse um pesadelo. Que isto fosse um pesadelo. Que isto fosse um pesadelo. 

 

Capítulo 4

Dois Polícias e um cão chegaram e pediram autorização para verificar a casa. Esperava que eles fossem a minha melhor ajuda. Confirmei que tentei-lhe ligar e nada. Eles pediram para abrir o quarto fechado. Informei que assim estava por orientações do dono.

Os dois Polícias entreolharam-se. Questionaram se já tinha visto o que tinha lá dentro. Informei que eram só uns pretences do dono. O cão ladrava muito para a porta. 

-Há possíbilidade da sua Amiga estar aqui? - questionou o Polícia mais baixo.

-Nã-não. - afirmei, mas arrepiei-me.

-Tem a certeza? - perguntou o outro.

O cão continuou a ladrar. Eu acenei que sim com a cabeça. Comunicaram que teriam de arrombar a porta. Por mim, não haveria problema. Só queria encontrar a Ca. seguraram o cão e iluminaram o interior. Era o meu pesadelo. Era exactamente como o meu pesadelo.

 

*

 

Encontraram vários cadáveres dentro daquele quarto. Um deles era de Camila. O corpo dela estava lá havia 6 meses. Carlota não foi para aquele local com a melhor Amiga, mas sim com um motorista, pois é verdade que a mesma tem medo de conduzir. O Pai de Camila confirmou que foi ele que arranjou aquele local para ajudar Carlota a lidar com a morte confirmada da Filha dele. Sim, eles sabiam que ela estava morte, pois receberam um coração e foi confirmado que era de Camila. O Pai de Camila pensou que era a solução para alguém tão novo, mudar de ares. 

A comida não aparecia do nada, era ela que o fazia, mas não se lembrava. A Carlota teve stress pós-traumático com um surto psicológico, por isso é que ela via às coisas das maneiras que foram descritas. 

O corpo de Camila finalmente foi cremado e as cinzas ficaram com a Carlota, o Pai dela fez questão disso. Quanto ao dono da casa, passou ileso, pois o Advogado dele fez com que arquivasse por falta de provas.  

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